Economia

Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduz pela metade a participação na Apple

A Berkshire Hathaway de Warren Buffett cortou pela metade sua participação na fabricante do iPhone, Apple, como parte de uma onda de vendas na qual o bilionário investidor se desfez de US$ 76 bilhões (cerca de R$ 435 bi) em ações.

A empresa reduziu sua posição na Apple em mais de US$ 50 bilhões (R$ 286,8 bi) para US$ 84,2 bilhões (R$ 482,9 bi) no segundo trimestre, de acordo com documentos publicados neste sábado (3).

Os dados indicam que a Berkshire vendeu aproximadamente 390 milhões de ações da Apple, ou cerca da metade de sua participação, de acordo com cálculos do Financial Times.

As vendas de ações elevaram as reservas de caixa da Berkshire para um recorde de US$ 277 bilhões (cerca de R$ 1,5 tri) , um aumento de US$ 88 bilhões (R$ 504 bi) em relação ao trimestre anterior.

No final do ano passado, Buffett começou a reduzir a participação da Berkshire na Apple e acelerou o ritmo das vendas de ações no início de 2024.

Em maio, ele sinalizou aos acionistas que acreditava que a Apple permaneceria uma das principais participações do conglomerado, listando-a entre os investimentos principais de longo prazo, incluindo Coca-Cola e American Express.

“A menos que algo dramático aconteça que realmente mude a estratégia de alocação de capital, teremos a Apple como nosso maior investimento”, disse Buffett na reunião anual da empresa em maio.

“Mas não me importo, sob as condições atuais, de aumentar a posição de caixa… quando olho para as alternativas disponíveis nos mercados de ações e vejo a composição do que está acontecendo no mundo, achamos bastante atraente.”

A Berkshire divulgou separadamente que continuou a vender algumas de suas outras posições após o final do segundo trimestre.

Nas últimas semanas, a empresa vendeu US$ 3,8 bilhões (R$ 21,7 bi) em ações do Bank of America ao longo de 12 dias consecutivos de negociação, reduzindo uma aposta altamente lucrativa.

As vendas reduziram a participação da Berkshire no banco dos EUA em um ponto percentual para 12,1%, de acordo com documentos enviados aos reguladores de valores mobiliários dos EUA.

Folha de São Paulo

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