Economia

É hora de trocar Petrobras por PetroRecôncavo para receber dividendos?

Já a Petrobras deve deixar seu projeto de vender campos maduros e refinarias. Para Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, isso limita as chances de crescimento da PetroRecôncavo com aquisições. Na visão dos analistas do BTG Pactual, o fim das vendas dos campos maduros pela Petrobras, somado a uma abordagem muito cautelosa da RECV3 em relação às fusões no setor, permitirão que a PetroRecôncavo gradualmente se torne uma companhia com retornos crescentes aos acionistas.

“Não descartamos alguns gargalos operacionais que podem limitar um crescimento mais rápido da produção nos campos da RECV3 em breve, mas acreditamos que os investidores têm uma visão favorável em relação aos pagamentos mais altos”, destacam os analistas do BTG.

Ela vai pagar sempre?

Para alguns analistas, a distribuição de R$ 1,40 é o pontapé inicial para novos pagamentos elevados. Quaresma, da Empiricus Research, considera que o provento anunciado não foi pontual. Para ela, o pagamento comprova que a empresa está mais robusta e que pode gerar mais caixa, deixando a fase de crescimento e se tornando uma empresa de valor.

A geração de caixa da PetroRecôncavo no 1° trimestre já representa quase 3% do seu valor de mercado. “Se esse crescimento for anual, seu fluxo de caixa pode chegar até 12%, o que permitiria o aumento do dividendo”, afirma Quaresma. Mateus Haag, analista da Guide Investimentos, também acredita que a PetroRecôncavo deva continuar fazendo outras distribuições elevadas. Segundo ele, os dividendos só diminuiriam diante de uma possível fusão, que pode demorar um pouco para acontecer.

Os analistas do Itaú BBA acreditam que a PetroRecôncavo reforçou o seu compromisso com a remuneração dos acionistas no curto prazo, ao mesmo tempo em que busca melhorar a resiliência da operação. “Isso reforça a estratégia da companhia de ótima alocação de capital enquanto busca novas oportunidades de investimento”, avaliam os analistas Monique Greco, Eric de Mello e Bruna Amorim.

Matéria: UOL Economia

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