Economia

‘Fizemos ajuste fiscal em cima de quem não pagava imposto’, diz Haddad

Medida evitou prejuízo ao crescimento econômico, diz Haddad. Para o ministro, a decisão de centralizar o ajuste nos grupos que recebiam benefícios fiscais evita uma retração do PIB (Produto Interno Bruto). “Quando você faz o ajuste sobre os mais pobres, você derruba o consumo e quando você derruba o consumo, você derruba o investimento, porque ninguém vai investir”, avaliou ele.

Ministro comemorou desempenho da atividade econômica. Ele entende que o atual momento positivo como reflexo das políticas de ajuste. “O Brasil está crescendo com baixa inflação, nós somos o segundo país do mundo que mais cresceu no segundo trimestre de 2024”, destacou. O PIB brasileiro avançou 1,4% no segundo trimestre, ante os três meses anteriores. Na comparação anual, a alta foi de 3,3%.

PIB nacional aumentará ao menos 2,5% em 2024, garante o ministro. Ao destacar a projeção de crescimento do FMI (Fundo Monetário Internacional), Haddad afirmou que não pode ter uma projeção menos otimista. “É daí para mais. O Brasil não tem razões para crescer menos do que a média mundial, que tem sido em torno de 3%”, reforça ele, que também projeta avanço de 2,6% do PIB em 2025.

Evitou comentar o eventual aumento da taxa básica de juros. Haddad afirmou que o governo já nomeou quatro dos nove diretores do Copom (Comitê de Política Monetária) e disse “não ser elegante” avaliar os próximos passos da polícia monetária. “Eu confio muito na capacidade técnica das pessoas que estão à frente do Banco Central”.

Temos que cada vez mais harmonizar a política fiscal e monetária para continuar crescendo com baixa inflação.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Brasil caminha para recuperar o gral de investimento, avalia Haddad. Ele destacou que as principais agências de classificação de risco elevaram a nota de crédito do Brasil após a posse do presidente Luka e a aprovação do arcabouço discal. “Elas continuarão aumentando a nossa nota crédito e o Brasil tem todas as condições de voltar a ter grau de investimento”, destacou.

Matéria: UOL Economia

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