Economia

Pra onde foi? Herdeiro da Hermès acusa sumiço de R$ 73 bilhões em ações

Puech assinou documentos em 1998 que concediam a Freymond acesso a suas contas na Suíça. Nessas contas, estavam parte das ações de Puech na Hermès. A partir de 2001, houve venda, compra e transferência de ações por meio de um dos bancos envolvidos. Em outubro de 2022, Puech cancelou os documentos concedidos a Freymond. Na época, o francês desejava levantar os valores atualizados de sua fortuna para organizar sua sucessão.

Ao ver que não tinha mais as ações da Hermès, Puech iniciou três processos contra Freymond. Em um deles, o herdeiro alega que o gestor reteve informações de suas ações. Nos demais processos, Puech reclama da gestão de sua fundação, empréstimos e outros investimentos.

Tribunal rejeitou a acusação. O juiz responsável pelo caso não encontrou evidências de que o administrador financeiro geriu de maneira equivocada os valores ou enganou Puech durante o período em que prestou seus serviços. De acordo com a Bloomberg, o tribunal considerou as alegações de Puech pouco claras e insuficientes para comprovar qualquer erro de Freymond, e que Puech entregou documentos e liberou acessos ao gestor de forma voluntária.

Decisão da Justiça mantém o caso aberto. O paradeiro das ações de Puech segue sem resposta. Os advogados do francês seguirão analisando o caso para entender o que aconteceu exatamente com as ações e a fortuna do herdeiro.

Puech havia decidido doar sua fortuna para o jardineiro. Solteiro e sem filhos, no final de 2023 o francês manifestou seu desejo de adotar um funcionário de 51 anos para ser o beneficiário dos valores após sua morte.

O caso Hermès x LVMH

Nicolas Puech e Bernard Arnault. Bernard Arnault, fundador da LVMH, busca assumir o controle da Hermès desde 2014. Em agosto daquele ano, Puech renunciou ao cargo no conselho da Hermès e, em setembro, os dois magnatas fecharam um acordo para distribuir 23% da participação da LVMH na Hermès entre seus sócios.

Matéria: UOL Economia

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