Política

Vídeo: Lula recebe rainha da Dinamarca e agradece devolução do Manto Tupinambá

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu na manhã desta sexta-feira (4) no Palácio do Planalto a rainha da Dinamarca, Mary Donaldson, que está em viagem ao Brasil.

Antes, a rainha consorte, que é casada com o rei e portanto não é chefe de Estado, esteve em Manaus e chegou a visitar a Floresta Amazônica e a sede do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia)

Segundo o governo brasileiro, os dois trataram de questões ambientais, de investimentos na indústria da saúde. Lula ainda agradeceu a rainha pela devolução do Manto Tupinambá.

A Dinamarca é uma das principais doadoras para o Fundo Amazônia. Durante o encontro, o presidente Lula ressaltou que o Brasil mantém o compromisso de zerar o desmatamento da floresta. E também ressaltou o interesse e o objetivo do país de se tornar referência no processo de transição energética.

“Lula falou sobre o processo de reconstrução do Brasil e da reconstrução dos laços do País com o mundo, porque, no governo anterior, ninguém queria visitar o Brasil nem receber o presidente brasileiro. Também explicou como o país quer aproveitar as oportunidades na transição energética, de ter uma matriz energética renovável, com 90% da sua energia elétrica oriunda de fontes limpas”, informou o governo brasileiro, em nota.

O presidente convidou a Dinamarca a participar da Aliança Contra a Fome, que o Brasil lançará no encontro do G20, em novembro, no Rio de Janeiro.

O brasileiro também agradeceu a devolução do Manto Tupinambá, que chegou este ano ao Brasil.

O manto do povo Tupinambá, que estava há três séculos em Copenhague e foi cedido pela Dinamarca, desembarcou no Brasil sob sigilo há cerca de três meses. A peça integra o novo acervo do Museu Nacional, destruído por um incêndio há seis anos.

Um dos primeiros povos indígenas que tiveram contato com os europeus na América do Sul, os tupinambás encaram o manto como um artefato sagrado. Ele é usado em rituais por caciques e líderes indígenas, que acreditam que as peças devem estar próximas ao seu povo de origem.

A relíquia tem 1,2 metro de comprimento e é feita de penas vermelhas de pássaros guarás, que estão fixadas em uma trama de fibras naturais. Estava na Dinamarca desde 1689, segundo registros oficiais, sob guarda do Museu Nacional da Dinamarca.

A rainha também teria manifestado solidariedade em relação às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul e às secas e incêndios em outras regiões do país.

“Também relatou que Brasil e Dinamarca compartilham muitos valores e ideias comuns. Que entre os temas da visita estavam o acesso à saúde por telemedicina, igualdade de gênero e preservação ambiental. Ela destacou que começou sua visita por Manaus, conhecendo a Amazônia e os efeitos da seca”, acrescenta a nota.

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Folha de São Paulo

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