Economia

Dólar sobre mais uma vez e atinge R$ 5,42

Na saída do encontro da Junta de Execução Orçamentária (JEO), Haddad relatou que Lula está aberto ao debate sobre redução de gastos, mas os sinais são de que o governo não vai mexer no vespeiro da indexação no Orçamento, optando por atacar renúncias fiscais.

Tebet disse que Lula ficou “mal impressionado” com “o aumento de subsídios”, que estão batendo “quase 6% do PIB”, incluindo não apenas renúncia fiscal, mas também “benefícios financeiros e creditícios”.

Haddad falou em “saneamento de cadastros”, inspirado na experiência recente do Rio Grande do Sul, o que pode liberar “espaço orçamentário” para garantir que “despesas discricionárias continuem em patamar adequado”.

Tirando uma baixa pontual e limitada na abertura dos negócios, o dólar à vista operou em alta no restante da sessão e chegou a superar pontualmente a linha de R$ 5,43 ao registrar máxima a R$ 5,4305 no meio da tarde. No fim do dia, a moeda avançava 0,74%, cotada a R$ 5,4219 – ainda no maior valor de fechamento desde 4 de janeiro de 2023. No mês, o dólar já avança 3,26%, o que leva os ganhos no ano a 11,71%.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, é preciso que o governo vá “além das boas intenções” e mostre de fato “algo concreto” no campo fiscal para que os ativos domésticos ensaiem uma recuperação.

“Apesar da conversa de Haddad com Lula, os sinais hoje não foram exatamente construtivos. A notícia de que a estratégia do governo é fazer cortes ‘no varejo’ neste ano e no ‘atacado’ nos próximos não inspira confiança”, afirma Borsoi, acrescentando que o ambiente externo, com alta dos Treasuries e sinais de fraqueza na economia chinesa, também contribuiu para a alta do dólar por aqui.

Matéria: UOL Economia

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