Economia

‘Não há razão para o Brasil não crescer igual à média mundial’, diz Haddad

Tá todo mundo se preparando para decolar. Ninguém está deixando de perceber a oportunidade. Agora, é preciso ter zelo para ir calibrando isso.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Ele vê a porta aberta para interromper o baixo avanço do PIB na última década. “Depois de dez anos crescendo 1,5% ao ano, em temos per capita menos do que isso, podemos abrir um ciclo de crescimento sustentável”, defendeu ao mencionar que existe uma “oportunidade excelente” de se iniciar um ciclo de crescimento para os próximos anos.

Fiscal precisa ajudar, afirma Haddad. Segundo do ministro, o Banco Central “tem que olhar para as curvas de demanda e de oferta” ao definir o andamento da taxa básica de juros e o cabe aos outros poderes o controle das contas públicas para garantir o crescimento econômico. “São braços do mesmo organismo. Não tem duas políticas econômicas”, ponderou.

Ministro classifica a atual taxa de juros como “restritiva”. Ao comentar sobre a condução da política monetária, Haddad defende que a caminhada não afete o crescimento econômico. “Se você aperta demais o monetário no momento em que você pode ter uma turbulência externa momentânea, você pode abortar um processo virtuoso de combate à inflação pelo lado da oferta.”, avaliou.

Estamos começando a ver formação bruta de capital no país. De repente, você erra na dose e interrompe esse processo da capacidade instalada e vai ter problema da capacidade instalada.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Desoneração

Haddad destaca que Lula “assumiu compromisso” de colocar as contas em ordem ao vetar a desoneração. Ele recorda a derrubada do veto à substituição da CPP (Contribuição Previdenciária Patronal) de 20% sobre a folha salarial por alíquotas entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta de 17 setores da economia foi derrubado pelo Congresso. Coube ao Planalto ir ao Supremo para garantir a compensação.

Matéria: UOL Economia

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